Através da música, o mundo é apresentado às crianças de forma criativa. As especialistas Talita Bianchini (mestranda em Educação, pós-graduada em Educação Musical e Neuropsicopedagogia) e Maressa Manfre(mestranda em Educação, pós-graduada em Psicopedagogia, graduada em Educação Artística e habilitada em Música) propõem atividades nos livros de musicalização da Viver Editora.
As publicações se destinam aos professores do 1º ao 5º ano da Educação Básica; foram produzidas como guias de aplicação de exercícios e brincadeiras para os alunos. Em entrevista descontraída, Talita desafia: “professor, não se esqueça que você é a maior referência na sala de aula! Você é o super-herói do seu aluno. Se empolgue, faça música junto com ele e divirta-se!”.
Durante a conversa, Maressa destacou que a musicalização não é artigo de luxo. “A música tem poder transformador. Ao expressar sentimentos, ela inspira e transpira emoções”. E, completa, “por isso, os educadores devem ampliar os espaços para o neurodesenvolvimento das crianças através da música”.
- Qual é o papel da musicalização infantil?
Talita Bianchini
Além de trabalhar as características psicomotoras, cognitivas e linguísticas, a aula de música se transforma em um poderoso instrumento para o desenvolvimento socioafetivo da criança.
Também de forma lúdica e divertida, desenvolvem-se a criatividade, a sensibilidade, o ritmo, a imaginação, a concentração e a memória. Isto sem falar no prazer de escutar a música.
Maressa Manfre
Estudos hoje comprovam que a música é uma poderosa ferramenta para o neurodesenvolvimento infantil, como afirmei na abertura da entrevista.
Dessa maneira, a musicalização aplicada no espaço escolar, de forma regular, favorece o crescimento psicomotor, socioafetivo, cognitivo e linguístico, ou seja, desenvolve a criança de modo pleno, via ludicidade.
- Existe período certo para musicalizar uma criança?
Maressa Manfre
Não existe indicação de idade. A musicalização pode ser introduzida na rotina da criança a partir do 6º mês de idade. Há um fato a salientar: quanto mais cedo for o início, mais estimulada a criança estará para a experiência.
- Como foi escrever um livro sobre o tema?
Talita Bianchini
Foi fantástico! Estive motivada em desenvolver estratégias de um jeito diferente para crianças. Quem sabe até para crianças que nunca teriam acesso a uma aula de musicalização.
Maressa Manfre
Participei do projeto com alegria, pois acredito no poder da música. Por experiência, sei de seus benefícios. Defendo a ideia do aprender brincando, de forma leve, lúdica e significativa para o aluno.
- Falem um pouco sobre a metodologia do livro.
Talita Bianchini
Ao longo do projeto, trabalhamos com compositores clássicos, como Mozart, Beethoven, Villa Lobos, entre outros, e com músicas de diferentes estilos, como erudita, popular e étnica.
A proposta foi criar atividades divertidas para complementar o conteúdo feito em sala de aula. O professor regente tem a opção de usar a ordem mais apropriada.
As atividades do livro podem ser realizadas por qualquer professor, formado em música ou não. Além disso, para facilitar, foram gravados vídeos que explicam as atividades.
Finalmente, a “caixa surpresa” vai tornar a aula mais interessante. É sucesso garantido, pois a ferramenta traz uma dica, um enigma, sobre o conteúdo do dia. Os livros foram concebidos como suporte docente.
- Que dicas vocês dariam para melhor aplicar o livro?
Talita Bianchini
Use e abuse da caixa surpresa. É algo simples, mas que faz toda a diferença na aula. As crianças anseiam por esse momento. Crie um suspense ao abri-la para deixá-las ainda mais cativadas pela aula que virá a seguir.
Outra dica é: interaja com os alunos. Muitas atividades propostas no livro dão a liberdade de criar jeitos diferentes de executá-las. Peça ajuda aos alunos, permita o engajamento deles no processo. A construção coletiva produz atividades relevantes.
Maressa Manfre
Entre na sala de aula para se divertir! Brinque, cante, pule e dance com seus alunos. Não tenha vergonha de se expor, porque a leveza faz parte do processo.
Quando você se aventura, criam-se elos de confiança entre alunos e professor. Ao serem desenvolvidas a afetividade, a admiração e a empatia, fortalece-se o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Viver Editora
Assessoria de Comunicação