“É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.” – Albert Einstein (1879-1955), físico e teórico alemão.
O preconceito contra a pessoa idosa é um desafio social a ponto de Albert Einstein, o criador da teoria da relatividade, mencionar como é difícil o combate às diversas formas de discriminação encontradas na sociedade.
Por isso, no Dia Internacional do Idoso (1º de outubro), data proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1990 e, no Brasil, instituída pela Lei nº 11.433, de 28 de dezembro de 2006, abre-se espaço para discutir o etarismo e homenagear quem se dispõe a quebrar barreiras do preconceito para continuar o aprendizado da vida.
Foi Robert Butler (1927-2010) quem primeiro usou o termo etarismo na esfera acadêmica como estudo metodológico da discriminação de pessoas com base em estereótipos de idade. O fenômeno, no âmbito educacional, torna-se mais cruel, porque, além de expor e melindrar o indivíduo, desmotiva quem deseja qualificar-se através da educação continuada, sem falar nos traumas emocionais e impactos negativos na saúde mental.
O Censo da Educação Superior (https://bit.ly/4e0u6gk), publicado em 2022 pelo INEP, destaca um aumento de 171,1% de pessoas com mais de 40 anos que ingressaram na graduação, registrando cerca de 600 mil estudantes de 2012 a 2021. Uma notícia extraordinária! No entanto, há um longo caminho a percorrer quando o olhar se fixa em casos de exclusão e preconceitos intencionais ou não.
Abaixo o bullying
No Brasil, o bullying é considerado crime. A partir de 12 de janeiro de 2024, a Lei nº 14.811/24 impõe medidas punitivas para a intimidação física e psicológica, mesmo àquelas que ocorrem em tom de “brincadeiras”, “xingamentos direcionados” ou agressões físicas mais graves.
O enfrentamento torna-se uma questão de honra, na medida em que nos convida a incentivar quem opta pela educação continuada, apesar da idade ou das condições limitantes da vida. Combata o bullying evitando exclusões, por vezes não intencionais, e evite dizer frases discriminatórias nas relações interpessoais.
Evite frases discriminatórias
1. Já que se aposentou…
A expressão “aposentado” é capciosa, pois, na verdade, quer dizer que a pessoa é velha. A idade deve ser valorizada pela experiência de vida acumulada. É, portanto, a melhor fase da existência para continuar estudando.
2. Você está linda apesar da idade
Parece um elogio, mas, nas entrelinhas, sugere-se que a beleza só existe na juventude. Lembre-se que os padrões estéticos têm viés cultural na linha do tempo, além de serem subjetivos.
3. Você não tem idade para usar isso
Deve-se estimular a autonomia individual e garantir que a autoestima seja vivenciada em todas as fases da vida. Valorize iniciativas de viver a vida em sua plenitude.
4. Você tem coração jovem
Incentive o bom humor e a capacidade de rir da própria vida. Como é desagradável conviver com um idoso com o semblante abatido. Rir é o remédio mais barato.
5. Está esquecido por causa da idade
Todos podem, por um momento, esquecer onde colocaram as chaves ou o celular. No entanto, respeitar os limites da idade é uma atitude de sensibilidade social.
Jael Eneas, Blogger
Viver Editora
Assessoria de Comunicação