Minha Vida de Escritora

Em trajetória de luz e dor, Ana Luiza Monteiro a autora de “A Floresta que Ninguém Via” conta como se encontrou com a vida: “Escrever é uma necessidade”.

Em trajetória de luz e dor, Ana Luiza Monteiro a autora de “A Floresta que Ninguém Via” conta como se encontrou com a vida: “Escrever é uma necessidade”.

As palavras sempre me levaram a um lugar de encantamento, de beleza, mas, sobretudo, de acolhimento. Desde criança, lembro dessa sensação de estar como em um colo terno, enquanto lia uma história. E foi ali, nesse colo, permeado de ternura que começou minha trajetória como escritora.

Foi ali, com 13 anos, que decidi que queria ser escritora. Lia muito, e comecei a esboçar minhas primeiras palavras. Depois de um ano escrevi um livro, que chamei de “Coração de Água”, história que escrevi enquanto passava as férias nas montanhas de Aiuruoca, em Minas Gerais.

Quando estava no ensino médio, preferia ler a ir para o intervalo. Tenho uma lembrança muito vívida de estar lendo “O nome da Rosa” durante os primeiros intervalos que passei quando mudei de escola. Nessa nova escola, meu apelido era Iaiá, pois lia muito Machado de Assis naquela época, e, um dia, estava lendo “Iaiá Garcia”, do mesmo autor, quando um amigo meu começou a me chamar assim. Meu e-mail pessoal atualmente leva esse nome.

Durante o Ensino Médio, também decidi que queria cursar letras na faculdade, então me empenhei muito nessa matéria.

Quando estava no terceiro ano, viajei para a Itália e tive contato com a realidade da guerra, que antes desconhecia. Esse contato se deu pelas conversas que ouvia, pelas fronteiras e também pelo conteúdo de história da escola. E ali, com dezesseis anos, comecei a escrever meu segundo livro, “O silêncio das palavras”.

Quando retornei ao Brasil, não passei no vestibular de Letras, e essa foi a primeira dor do meu caminho como escritora, pois, na época, acreditei que não poderia me tornar a escritora que queria ser.

Enquanto tentava encontrar novos caminhos, fiz uma oficina de escrita criativa e sofri outra dor no meu caminhar, pois o professor disse que meus textos eram imaturos e rasos, e aquilo foi muito forte para mim, tanto que, ali, parei de escrever e de ler também!

Dez anos se passaram, e, nesse tempo, fui educadora, viajei, estudei flauta transversal, meu filho nasceu, e foi então que pude me reencontrar com o que realmente significava escrever. Eu havia me esquecido que escrever deveria ser algo necessário, análogo a existir, e que deveria surgir da vida, da existência.

E foi assim que a escrita voltou para mim. Eu voltei a escrever porque precisava, pois ela seria a ponte entre meu sentir e a experiência humana.

Quando estava viajando de motorhome por Portugal com meu filho, nasceu meu primeiro livro ilustrado. A história surgiu ao vê-lo brincar. Eu observava a beleza do seu brincar e quis que aquilo se eternizasse. Foi então que escrevi “Quando as luzes encontram mar”, o primeiro livro que escrevi e ilustrei. Isso porque, quando a escrita voltou para mim, voltou junto com a ilustração. Percebi que, na verdade, minha linguagem de maior expressão eram as imagens, e não a escrita.


Q
uando começou a pandemia do covid-19, surgiu uma nova necessidade e nasceu uma nova história, um novo livro: “A floresta que ninguém via”. Foi o primeiro livro que publiquei de forma independente.

Como publiquei de forma independente, percebi que precisava divulgar o livro. Foi assim que mandei uma mensagem para muitas pessoas da área da literatura, e Ana, do Movimento Literário, respondeu de forma positiva. Meu livro ficou em seus pensamentos e, um dia, ela indicou meu livro para editora Casulo, que o publicou. Foi o meu primeiro livro publicado por uma editora.

No ano seguinte, participei do meu primeiro trabalho ilustrando o livro da escritora Liu Oubina. Nesse mesmo ano, o livro “Sons de Esperança” ganhou o prêmio-seleção da Cátedra de leitura da PUC-Rio.

No momento, estou passando pela dor da morte de uma avó muito amada, então um novo livro está surgindo. Além disso, também estou escrevendo o prefácio e ilustrando o livro da minha outra avó!

Entrevista concedida a

Jael Eneas, Blogger

Editora Via Lúdica

Assessoria de Comunicação

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